quinta-feira, setembro 13, 2007

Teddy Thompson

Descobri esse cara a pouco tempo assistindo ao Letterman. Assisti exatamente essa apresentação que to postando aqui. Por incrível que pareça ele é inglês, digo isso porque som mais americano que esse impossível.

Ele é filho de músicos de folk e anda sempre bem acompanhado, já tocou com: Nick Cave, Rufus Wainwright, Jarvis Cocker entre outros.

Apesar de ser compositor, gravou agora um disco de covers (só tem uma música dele, se não me engano) chamado Up, Front and Down Low e tem versões de George Jones, Elvis e outras pérolas.

Nesse video ele está tocando uma versão mais country de Change of Heart, música que ficou famosa nas vozes dos Everly Brothers. Belíssima voz e belíssimos arranjos de cordas.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Sleepycreek

O Sleep era um usuário do Youtube que tinha uma seleção incrível de vídeos. O fato é que ele desapareceu do youtube juntamente com seu extenso e maravilhoso material. Por isso alguns videos que eu tinha dele aqui não estão mais disponiveis. Eu vou tentar fazer uns updates nos posts antigos e tentar colocar novos videos no lugar.

É triste ver o que o Youtube está se tornando...

segunda-feira, agosto 06, 2007

The Blasters

Ai vai uma boa banda que simplesmente não rolou. Eu não consigo entender porque certas bandas ficam restritas a um pequeno público. Esse é o caso dos Blasters. Eles começaram no final dos anos 70 e pegaram a onda punk de Los Angeles (X, Gun Club e etc). O rockabilly dos irmãos Alvin (guitarra e vocal) é simples, mas muito bem executado. Já falei do Dave Alvin num post anterior. Hoje em dia ele toca com o Knitters banda do Jon Doe do já mencionado X.

Neste vídeo eles tocam Roll'em Pete numa emissora de TV dos EUA em 1982. Destaque para o lendário Lee Allen no sax. O Lee Allen tocou com Fats Domino e Little Richard e no revival rockabilly nos anos 80, gravou com Stray Cats e tocou em turnês com o Blasters.

Roque!

quinta-feira, agosto 02, 2007

Lou is Guilty

No further comments...

quarta-feira, junho 20, 2007

Metarie

Conforme prometido vou postar o vídeo do Brendan Benson tocando Metarie. Só que eu me enganei, não é nada em loja de disco, é um vídeo que foi feito para Rolling Stone.com. Essa música é do segundo álbum dele: Lapalco. Segundo álbum, mas pode ser considerado o primeiro porque o anterior One Mississipi não tem nada do que é bacana nos dois seguintes.

O cara é de Detroit e tem todas as influências bacanas que alguém pode ter. Ouve-se muito Beatles no som dele (principalmente Harrison - Eventually do Lapalco poderia estar fácil em um álbum do finado ex-Beatle). O BB toca tudo em seus discos, às vezes chama um tecladista e um batera para gravar algumas coisas, mas normalmente ele toca tudo.

Se suas composições são ótimas, seus discos também são muito bem produzidos. Torrou toda a grana que ele ganhou adiantada da Virgin para o segundo álbum (a Virgin cancelou o contrato depois do fracasso de vendas de One Mississipi) montando um estúdio na sua casa, onde foram gravados seus álbums e, se não estou enganado, foi gravado o debut do Racounters também.

Esse ano já tivemos Icky Thump, Era Vulgaris e Sky Blue Sky. Tá faltando o novo do BB para coroar o ano, já que as demos que estão no my space são sensacionais.

quinta-feira, junho 14, 2007

Icky Thump

Eu gosto muito da galera do Raconteurs. O Jack White é genial. O Brendan Benson é um dos melhores compositores de música pop da atualidade. E os Greenhornes fizeram uma versão para There's an End da Holly Gollightly melhor que a original. Eu ia postar um vídeo do Brendan Benson, mas como está lançando (ou já lançou?) o álbum novo do White Stripes resolvi juntar dois posts em um. White Stripes tocando Folk Singer, música do Brendan Benson que está em Lapalco - seu segundo álbum.

Acho que isso foi gravado em uma rádio. O engraçado é que a versão original, assim como tudo que o Brendan Benson grava, é lotada de instrumentos, harmonias vocais e texturas musicais, e aqui vemos Jack e Meg tocando uma versão crua de uma grande música. O foda é que a música funciona dos dois jeitos.

Dica: tem um ep dos White Stripes (não lembro qual é, mexe a bunda) que eles regravaram uma versão de Good to Me do Brendan Benson. Essa versão é demais. Procura que vale a pena.

Depois posto um video do Brendan Benson tocando Metarie acústico numa loja de discos.

quarta-feira, junho 06, 2007

Secretly Canadian

O João me mandou o link deste selo que parece ter bandas muito bacanas. Ouvi por alto, mas gostei de cara do Danielson e do Richard Swift. Esse Swift é meio promessa, tocou até no Jools Holland já. Meio Paul (meio não - completamente Paul), com toques de Dylan... gostei... preciso ouvir mais.

Beautifulheart - Richard Swift

quinta-feira, maio 24, 2007

Não, não é o Dylan...

É o Jeff Tweedy, mas ele imita pacas... Bom, eu nunca gostei do Wilco. Eu até respeito e entendo quem gosta, mas nunca foi pra mim. Pelo menos até o Sky Blue Sky. Fui ouvir com aquela curiosidade básica que os nerds de música têm por qualquer disco que lança e que surpresa. Me senti na obrigação moral de fazer um post aqui com um vídeo do Wilco pois seria injustiça não postar sobre a banda que eu mais tenho ouvido nas últimas duas semanas (e olha que só ouço um disco deles).

Continuo não gostando das coisas anteriores do Wilco, uma música aqui e ali perdida em alguns discos, ok. Mas esse Sky Blue Sky é simplesmente sensacional. É o primeiro disco que o sensacional guitarista de free jazz Nels Cline, que já gravou alguns discos com o Thurston Moore do Sonic Youth, e com o tecladista (multi-isntrumentista) Pat Sansone. Com ecos de classic rock, Lennon, Simon and Garfunkel, Harry Nilson e sobretudo Dylan, esse disco do Wilco mostra um excelente compositor Jeff Tweedy pilotando uma banda de músicos sensacionais... tudo meio "gifted". O maior destaque na minha opinião são as guitarras de Nels. Tudo com muito bom gosto, timbres certos nas horas certas...

O disco vendeu 87.000 cópias na primeira semana e já é o disco do Wilco que mais alto foi nas paradas.

Parece que na gringa saiu uma edição com DVD (coisa cada vez mais comum) e se não me engano esse vídeo é retirado desse DVD. Não é Dylan, mas parece... e muito!

quarta-feira, maio 16, 2007

Big Mess

O Devo foi uma das melhores coisas dos anos 80. Começaram no finalzinho dos 70, mas teve quase que toda a sua trajetória calcada nos 80. Inovaram pacas tanto em sonoridade como em composição e fizeram uma mistura perfeita de roquenroll e eletronica que não consegue ser reproduzida até hoje. A banda nunca terminou de verdade, volta e meia eles se juntam para fazer shows...

O Mark Mothersbaugh, líder do Devo, recebeu uma proposta para voltar com a banda e negou, ao invés disso ele se juntou com a Disney e lançou o Devo 2.0 que é um bando de crianças cantando musicas do Devo, obviamente algumas letras foram modificadas para a criançada poder ouvir tranquila. Procura aí na internet que vc acha fácil.

Junto com o irmão Bob e o Gerald Casale, ambos membros fundadores do Devo, ele tem um estúdio de trilhas em LA chamado Mutato Muzika que é responsável pelas trilhas mais legais de cinema e TV (Life Aquatic, Rugrats, Dawson's Creek, Clifford, 200 Cigarettes e por aí vai).

Um singelo vídeo do Mothersbaugh entrando no estúdio da Mutato e dando uma brincada no órgão... quem sabe, sabe.

Tem que gastar um clique para visitar o Youtube pois não rolou o embed, mas vale a pena, vai lá!

terça-feira, maio 15, 2007

Mr. Jones

George Jones parece ser uma unânimidade no country. Considerado por todos os grandes o melhor cantor de country de todos os tempos. Sinatra disse que ele era o segundo melhor cantor branco vivo. Waylon Jennings disse que "se conseguíssemos cantar como queremos, todos nós soariamos como Geroge Jones". Johnny Cash, quando perguntado qual o melhor cantor de country na sua opinião, respondia: "Você quer dizer além de George Jones?". E nem precisaria dessas credenciais, qualquer um que ouça ele cantando vai entender o que todos esses caras estão dizendo. A voz de Jones é diferente de qualquer coisa que você já ouviu, é crua mas com uma versatilidade incrível.

Bebado assumido e incorrígivel Jones já chegou a dirigir milhas em um aparador de grama para tomar uma cana pois suas esposas (sim, isso aconteceu mais de uma vez com esposas diferentes) haviam escondido as chaves de todos os carros. Teve problemas com cocaina nos anos 70, começou a faltar em shows e teve que aceitar ajuda financeira de Cash e Jennings pois ficou quebrado.

Apesar de tudo isso tá vivo e teve um hit em 2005 que gravou com Shooter Jennings (filho do Waylon - que tem um trampo mais southern rock interessante até).

Esse vídeo é ao vivo no programa do Porter Wagoner (cujo bom gosto para se vestir é reconhecido mundialmente) a música é Race is On. O baixista é figura, parece alguém que não consigo lembrar...

quinta-feira, maio 10, 2007

Macca e Jacca

Um dia eles foram bons amigos. Dizem à miúda que a treta foi feia e foi por causa do catálogo dos Beatles, muito se fala que o Macca tava juntando grana pra comprar o catálogo e o Jacca foi lá e mandou ver. Não consigo acreditar que o Macca precise juntar grana prá comprar qualquer coisa que ele queira mas... enfim.

Esse video é da época áurea da amizade dos dois. Tudo é lindo, até espuma de barba o Macca passa no Jacca. A Linda ali no meio curtindo tudo. O Jacca era preto ainda e o Macca era jovem. Vídeo que me lembra da minha infância

terça-feira, maio 08, 2007

All Stars

Booker T. e os MGs eram a banda base da Stax e, só por isso, já merecem todo meu "repseito tecnológico". Na Stax tocaram com a nata: Otis Redding, Sam & Dave, Albert King, Johnnie Taylor, Eddie Floyd, The Staple Singers e Wilson Pickett. A banda era Booker T. Jones no teclado, Duck Dunn no baixo, Alan Jackson na batera e o lendário Steve Cropper na guitarra. Quando o Jones não podia gravar (pois estudava música na universidade) era substituido por nada menos do que Isaac Hayes (mais conhecido como o Chef do South Park).

Cada membro da banda se destacou individualmente em suas carreiras, Dunn e Cropper participaram do Blues Brothers e ocasionalmente todos eles tocavam juntos como banda de apoio para caras como: Bob Dylan, Wilson Pickett e Neil Young.

Resumindo: os caras são foda.

Veja e ouça:

segunda-feira, abril 16, 2007

Little Stevie

As vezes eu fico me perguntando onde foi que a música preta se perdeu... Até o final dos anos 80, ainda tinha o Melle Mel, Run DMC, Public Enemy que representam o início do fim da boa música preta norte americana. Hoje em dia é duro: Coolio, Snoopy, 50 Cent, Beyoncee, Puff Daddy. Eles até têm a sua importância dentro de uma determinada leitura e tal, mas a musicalidade não é nem sombra do que se produzia desde os anos 30. Aí nos resta apelar para enlatados como Joss Stone, Maroon 5, Jamiroquai que, detalhe, nem pretos são e muito menos bons.

Artistas como o Stevie não existem mais (quero ver mais o que o Andre 3000 tem a apresentar). Ele ficou meio apagado pelo que fez nos anos 80 e ficou meio esquecido no tempo. É um daqueles caras que influenciou todo mundo que veio depois dele (inclusive todos esses que eu citei anteriormente). Bonito, talentoso, gravou e produziu o Talking Book basicamente sozinho. Toca bateria, baixo, piano, órgão, sintetizador, harmônica (com um estilo inconfundível - gravou até Samurai com Djavan).

Superstition tá no Talking Book e era para ser gravada originalmente pelo Jeff Beck, o que se tivesse acontecido, provavelmente teria nos privado de um dos mais bem executados riffs de funk da história. O Stevie mostrou pro mundo como usar os sintetizadores e muitas outras coisas.



Bonus Track
Esse vídeo aqui mostra ele improvisando em cima de Pappa was a Rolling Stone e ao mesmo tempo inventando o Daft Punk.

domingo, abril 08, 2007

Dawn Landes

Postzinho curto de final de semana. O Jairo me passou esse link e tenho assistido esse video sem parar desde quinta feira.

Não tenho muito a dizer. Essa música é da banda Peter Bjorn & John que é da Suécia. Os caras estÃo na luta desde 99, mas só agora começaram a aparecer. Essa Dawn Landes (muito talentosa e esperta) percebeu que os caras realmente compuseram uma daquelas músicas que vai ficar para a história e mais do que rápido fez uma belíssima versão bluegrass da música.

Eu entrei no Myspace dela e ela é bacana. Não me impressionou muito, mesmo porque o tipo de artista que ela é não me impressiona mesmo, mas já andei vendo pela net que ela é considerada a próxima star... vamos aguardar. O som dela é um folk-pop à lá Suzane Vega. Além da carreira como artista ela trampa como engenheira de som em um estúdio em NY. A verdade é que depois dessa versão, assim como o PB&J depois de Young Folks, ela não precisa fazer mais nada.

Boa páscoa à todos.

quinta-feira, abril 05, 2007

BRMC

Um dia o Peter Hayes cansou das loucuras do Brian Jonestown Massacre, banda que ele tocava guitarra e resolveu fazer a melhor coisa da vida dele: montar o Black Rebel Motorcycle Club. O documentário Dig dá a pinta do que deveria ser aguentar o Anton Newscombe e a sua turma de junkies neo-hippies e é fácil, fácil entender porque o Hayes resolveu sair e abrir sua própria lojinha.

O disco de estréia do BRMC saiu junto com o dos Strokes e do Kings of Leon e ficou meio ofuscado entre as novidades, mas era o melhor dos três sem dúvida. Traziam um revival 80's dos bons, trazendo influências de bandas como Spacemen 3 e Jesus and Mary Chain. O seguinte: Take Them On, On your Own chegou a #3 nas paradas inglesas e seguia a mesma linha. O terceiro Howl foi mais "maduro", pegaram uma veia mais folk, mais Dylan. Foi sucesso de crítica, mas ainda prefiro o BRMC tradicional.

Com o 4o álbum Baby 81, que vazou na net antes do lançamento, eles voltam as raizes e apresentam um puta som. O BRMC é a melhor coisa que o rock and roll "indie" apresenta no momento.

Red Eyes and Tears ao vivo: Isso é rock and roll!

quarta-feira, abril 04, 2007

Nerdabilly

Crazy Joe Tritschler é da turma do Deke Dickerson. Toca muita guitarra, gosta de rockabilly e é nerd. O cara é mestre em engenharia eletrônica, dá aula e nas férias escolares sai em turnê com o Deke Dickerson.

Lembram do Bakersfield sound que eu citei no post do Buck Owens? Essa música é um exemplo claro da influência que o Buck e o Don Rich exerceram numa puta galera. Mas o som do Crazy Joe na essência é como se o Little Richards fosse branco, nerd e tocasse guitarra (não sei de onde eu tiro essas coisas - o Little Richards nunca seria nenhuma dessas três coisas). Enfim, no EP Sweatin' Bullets Over You, o Joe dá a pinta que uma das suas maiores influências é o Brother Richards.

terça-feira, março 27, 2007

"And no one was getting fat, except Mama Cass"

Essa música é bacana. Ela meio que conta a história da formação do Mamas and Papas. Na letra dessa música figuram: Roger McGuinn dos Byrds, Barry McGuire compositor de Eve of Destruction, John Sebastian do Lovin Spoonful além dos próprios membros da banda.

Essa banda era uma puta zona: O John Phillips era casado com a hottie Michelle. A Mama Cass era apaixonada pelo Deny que tinha um caso secreto com a Michelle. Quando o John pegou os dois com a boca na botija ele saiu da casa onde moravam (obviamente a banda morava junta - viva a sociedade alternativa) junto com a Michelle, mas eventualmente o chifre pesou demais e ele largou dela. Ela não se fez de rogada e foi pros braços do Gene Clark que tava fazendo um puta sucesso com os Byrds. Fora o consumo massivo de drogas por todos eles.

Outra história bizarra é da Cass. Diz a lenda que ela não conseguia alcançar os tons dos arranjos que o J. Phillips escrevia pra ela. Um dia, andando na rua, caiu um cano na cabeça dela e então, como passe de mágica, o "range" dela subiu umas 3 notas e ela passou a conseguir cantar as músicas do jeito que eram compostas. É lenda de hippie, mas é uma história bacana. Procure no Google por Creeque Alley que tem um site que conta essa e outras histórias. A Vanessa me contou é que a Cass tem uma filha. Eu dei uma procurada na net, parece que ela é cantora mas não tem muita info sobre ela. Se alguém souber mais coisa, postem nos comments.

sexta-feira, março 23, 2007

Gênios

To com preguiça de escrever...

Weird Al fazendo uma versão de Subterranean Homesick Blues do Bob Dylan. Reparem que é tudo palíndromo. E rima!

Bob é gênio, Weird é gênio.

Bom final de semana!!!!

quinta-feira, março 22, 2007

Bakersfield Sound

Buck Owens e Don Rich ficaram famosos por serem alguns dos maiores divulgadores do Bakersfield Sound. O nome faz referência à cidade da California onde surgiu. O Bakersfield é uma vertente do Country um tanto quanto oposta ao som de Nashville. Mais elétrico, mais crú, mais roquenroll. As gravações Bakersfield normalmente eram feitas ao vivo em estúdio do jeito que eles tocavam ao vivo, com os mesmos instrumentos e sem grandes orquestrações. Os dois maiores expoentes do Bakersfield foram o Buck Owens e o Merle Haggard no início e atualmente pode-se citar o nome de Dwight Yoakan (com quem Buck gravou uma música).

A parceria de Buck e Don foi daquelas poucas vistas na música, tanto que quando Don morreu em um acidente de motocicleta em 74, a música de Buck nunca mais foi a mesma e ele próprio reconheceu que era impossível continuar do jeito que era sem o Don. Nos anos 80 Buck continuou apresentando seu programa de TV para um publico americano que sequer sabia que ele tinha sido uma lenda da música. Buck nos deixou a quase um ano atrás, mas deixou sua marca não só no Country, mas no entrenimento americano como um todo.

E eu achava que essa música era dos Beatles. Não era e nem é do Buck. É de um cara chamado Johnny Russell.

quarta-feira, março 21, 2007

Johnny Hit and Run Pauline

John Doe era o líder do X que era o representante punk da costa oeste dos Estados Unidos no começo dos anos 80. Diferentemente das bandas de New York que tinham uma pegada mais sixties eles tinham uma pegada mais rockabilly o que deixava a música mais pesada e mais violenta. Essa pegada já demonstrava uma predileção do Doe pela música americana de raiz que foi demonstrada nos discos que seguiram Los Angeles (debut produzido por Ray Manzarek dos Doors) e ficou evidente no seu projeto paralelo The Knitters.

Os Knitters é o X com o Dave Alvin guitarrista dos Blasters (banda essa quemerece um post a parte) mais um tal de Johnny Ray, de uma tal de Red Devils, no baixo. O D. Alvin chegou a tocar com o X durante um breve período, mas no Knitters que ele ficou. Trabalhadores árduos, lançaram dois discos em um intervalo de 20 anos (um em 85 e um em 2005).

E pra quem não conhece o Doe ele fez o papel de primo e baixista de Jerry Lee Lewis no filme Great Balls of Fire e ele ainda mantém ativa uma carreira de ator.

O vídeo é dos Knitters, tem uma introdução meio chata do Dave Letterman e tal, além disso o dono não deixa dar embed, portanto tem que assistir no Youtube, só custa um click mas vale a pena porque o som é de primeira. A guitarra do Alvin tem um clima meio Tarantínico/Rodrigueano (como diz o João) e não é à toa: Dark Night dos Blasters tá na trilha de Drink no Inferno.

Dica: Procure no Youtube uma versão de Silver Wings do Merle Haggard com o Knitters. Linda!

sexta-feira, março 16, 2007

Teenage Fanclub

Engraçado como um post vai puxando o outro. Falei em Alex Chilton no outro post, automaticamente lembrei de Teenage Fanclub que são os principais seguidores do legado deixado pelo Big Star. O Teenage é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, acompanho o trabalho deles desde A Catholic Education seu primeiro disco e, só por causa deles que eu vim conhecer bandas como Big Star e Byrds. Quando eles lançaram Bandwagonesque foi que ganharam o mundo com suas guitarras. Eles faziam parte da Creation nessa época (a segunda era dourada do rock britânico) ao lado de My Bloody Valentine, Ride, Oasis, Jesus and Mary Chain entre outras.

O legal do Teenage é que eles já foram bem grandes (principalmente na Inglatera) e hoje em dia são tiozões bem tranquilos. Não têm um furo na discografia, óbvio que têm discos melhores e discos piores, mas poucas bandas com 11 discos nas costas conseguem manter um nível de qualidade tão alto.

Esse vídeo é de um programa de TV inglês, eles estão tocando Feel a Whole Lot Better dos Byrds (não, não é do Bob Dylan essa é mesmo dos Byrds, se não me engano do Gene Clark que tem uma música do Teenage dedicada só à ele). Versão linda!


quinta-feira, março 15, 2007

Lux Interior e Poison Ivy

Da seção "casais bizarros do roquenroll". Os dois se conheceram em 1972 e se deram muito bem, obviamente porque ambos compartilham dos mesmos interesses bizarros. Decidiram formar o Cramps e permanecem o núcleo base da banda até hoje. Os dois primeiros ep's foram produzidos por Alex Chilton (líder do Big Star) nos estúdios Ardent, onde já gravaram várias "legendas" do roque como Bob Dylan, ZZ Top, Zeppelin, White Stripes entre outros. O primeiro disco deles: Songs the Lord Taught Us foi lançado por nada menos que Sam Philips (se não sabe quem é, reveja seus conceitos). Ou seja, tinham pedigree mas eram muito bizarros pro showbizz e ficaram eternamente relegados à cena independente. Se Johnny Cash fez show em prisão, eles fizeram em hospício (existem alguns vídeos dessa apresentação no You Tube).

Esse vídeo sintetiza exatamente o espírito do casal. A música e as imagens falam por si.

PS.: Esse vídeo é flagged no Youtube por ser considerado de conteúdo abusivo, portanto, para assistí-lo é necessário ter uma conta no site.

quarta-feira, março 14, 2007

Deke Dickerson

Outro dos shows que eu vi na minha viagem. Uma biboca cheia de minas de vestidos 50's, gordinhas esquisitas (incluindo uma clone perfeita da Mamma Cass) e temperatura nos 35 graus. Deke sobe no palco com o baterista dos Straitjackets e manda ver no roque. O Deke é um cara muito cultuado no meio guitarrístico e rockabilly, ele tem uma coluna mensal na Guitar Player gringa, organiza todo ano o Guitar Geek Festival, coleciona instrumentos vintage e toca no mundo inteiro.

O show foi bem legal apesar do som da biboca não ser dos melhores. O cara toca muito e sabe levar a galera. Tocou uma música do Cash que eu não lembro o nome e fechou o show com Muleskinner Blues que eu já tinha ouvido com o Cramps, mas não conseguia lembrar.

O video que eu vou postar é do Deke tocando Big River do Cash que não foi a música que ele tocou no show, mas foi um cover do Cash que o Wayne Hancock (do post anterior) tocou no show que eu assisti.

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terça-feira, março 13, 2007

Wayne Hancock

Há uns 3 anos atrás o Jairo me emprestou um disco do Hank III, neto do Hank Williams. O disco em questão era Lovesick, Broke and Drifting e, essa porra desse disco fez um estrago (no bom sentido) na minha vida. Desse dia em diante eu passei a ouvir country music (a verdadeira) que nem um maluco. Como sempre perdi a disciplina e passei a estudar country music. Descobri vários artistas novos e antigos e entre essas descobertas estava o Wayne Hancock. Algo na mitura entre honky tonk e swing (que na época me parecia uma inovaçÃo) me atraia muito e eu ficava ouvindo o "Cole Porter caipira" sem parar, por horas e horas a fio.

Bom, semana passada eu estava viajando, e então meu amigo João Erbetta, que iria me encontrar no final da semana, me mandou um email dizendo que Wayne Hancock ia tocar em uma cidadezinha à 40 minutos de onde estávamos. Fui confirmar no site e era verdade, e foi assim que alugamos um carro e fomos atrás da boa música (como sempre). Cliché country total: o pico era um teatrinho do lado de um bar, a galera bem bêbada, aquela impressão de que pode estourar um pau texano a qualquer momento. O show foi sensacional Wayne no centro com seu violão, à sua direita o baixista Jake Erwin e à sua esquerda o espetacular guitarrista Eddie Biebel (segundo João um dos melhores guitarristas que ele já viu tocar). E então seguiram-se duas horas (sim - eles tocaram duas horas) de boa música, menções à maconha, casais dançando e nenhum pau texano. Depois do show, fomos conversar com Wayne e eu descobri que ele já havia tocado aqui no Brasil em alguma edição do Nescafé e pensar que na época que isso aconteceu eu nem sabia que ele existia.

Esse vídeo que estou postando é um vídeo de um show do Hancock (não é o show que eu vi) com a mesma formação que eu vi, tocando uma música do Hank III. Enjoy!

quinta-feira, março 08, 2007

Sem posts essa semana. Estou viajando e tá difícil achar tempo. Semana que vem eu volto.

sexta-feira, março 02, 2007

Sufjan Stevens

Esse cara é curioso. Ele cismou que vai fazer um disco pra cada um dos estados americanos. Já fez Michigan, seu estado natal, e Illinois que foi o álbum com o maior "rating" de 2005 pelo metacritic (site que agrega criticas de várias publicações diferentes). Ele tem seu próprio selo que chama Asthmatic Kitty Records que foi fundado por ele e seu padastro. Toca tudo: violão, piano, guitarra, banjo, bateria, etc e, normalmente, toca todos os instrumentos nos seus discos. É cristão e várias de suas músicas fazem referências bíblicas, inclusive seu último disco chama "Songs for Christmas" e é uma caixinha com 5 eps recheados de músicas natalinas gravadas por ele. Escolhi um vídeo dele tocando Chicago ao vivo em San Francisco. É a música mais conhecida dele e, obviamente, está no álbum Illinois. Agora só nos resta esperar pelos outros 48 discos que estão faltando mas tenho minhas dúvidas se todos vão ser discos pois estados como Wyoming acho que estão mais pra ep.

quinta-feira, março 01, 2007

Isso é Bizarro!

O Dean Wareham depois que saiu do Galaxie 500 esteve à frente de uma das melhores bandas dos anos 90: Luna. O som da banda nunca negou que eles gostavam de Lou Reed e sua turma, principalmente Sterling Morrison que deve ser a maior influência "guitarrística" do Dean. Na época do Luna ele fez um cover do Gainsbourg de Bonnie and Clyde que cantava ao vivo junto com a mulher Britta Philips (em estúdio quem gravou os vocais femininos foi a Laetitia Sadier do Stereolab)e agora os dois se apresentam juntos sob o nome Britta + Dean. O lance é que parece que ele tá virando meio Gainsbourg... por esse vídeo aqui dá meio que pra sacar a postura "gainsbourguesca" de: "olha que gostosa minha mulher". Bom, o Gainsbourg é material suficiente para um próximo post.

O vídeo que eu escolhi hoje é que é o bizarro da história toda. O Dean Wareham tocando numa espécie de gatorra em um programa que parece Se Vira nos 30 gringo. A música é Moon Palace do terceiro disco do Luna. Essa música é linda e teve como inspiração o livro homônimo de Paul Auster.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

It's meeee: Mario!

Fiquei em dúvida entre postar essa ou Operator pois as duas são as músicas mais representativas da meteórica carreira do bigodudo. Jim Croce começou tocando covers de artistas folk em botecos o que o levou a descobrir seu próprio som: uma belíssima mistura de blues e folk. Antes de fazer sucesso a figura teve que trabalhar de pedreiro e caminhoneiro e esse foi o período em que compôs suas melhores canções. O maconheiro ali na sombra é Maury Muehleisen que sempre acompanhava o Croce no violão "lead" e nas harmonias de voz. Croce morreu aos 30 anos (junto com o Muehleisen) em um acidente de avião em 1973 e deixou pouquíssimas coisas gravadas.




terça-feira, fevereiro 27, 2007

Johnny Paycheck - She's All I Got

Um tal de sleepcreek vem postando um monte de vídeos raros e bons no You Tube. Esse do Paycheck é um deles. É do começo dos anos 70 não é necessariamente a melhor fase do Paycheck (na minha opinião) mas mesmo assim é bom pacas. Essa música é um pouco mais romantica e não mostra o lado mais "outlaw" do Paycheck. Notem a falta do ponta direita do Paycheck e a roupa que é encaretadora!

Eu vou começar a postar aqui os vídeos que eu acho bacana no You Tube e comentá-los. Pretendo postar pelo menos um por dia, vamos ver se eu consigo.