terça-feira, março 27, 2007

"And no one was getting fat, except Mama Cass"

Essa música é bacana. Ela meio que conta a história da formação do Mamas and Papas. Na letra dessa música figuram: Roger McGuinn dos Byrds, Barry McGuire compositor de Eve of Destruction, John Sebastian do Lovin Spoonful além dos próprios membros da banda.

Essa banda era uma puta zona: O John Phillips era casado com a hottie Michelle. A Mama Cass era apaixonada pelo Deny que tinha um caso secreto com a Michelle. Quando o John pegou os dois com a boca na botija ele saiu da casa onde moravam (obviamente a banda morava junta - viva a sociedade alternativa) junto com a Michelle, mas eventualmente o chifre pesou demais e ele largou dela. Ela não se fez de rogada e foi pros braços do Gene Clark que tava fazendo um puta sucesso com os Byrds. Fora o consumo massivo de drogas por todos eles.

Outra história bizarra é da Cass. Diz a lenda que ela não conseguia alcançar os tons dos arranjos que o J. Phillips escrevia pra ela. Um dia, andando na rua, caiu um cano na cabeça dela e então, como passe de mágica, o "range" dela subiu umas 3 notas e ela passou a conseguir cantar as músicas do jeito que eram compostas. É lenda de hippie, mas é uma história bacana. Procure no Google por Creeque Alley que tem um site que conta essa e outras histórias. A Vanessa me contou é que a Cass tem uma filha. Eu dei uma procurada na net, parece que ela é cantora mas não tem muita info sobre ela. Se alguém souber mais coisa, postem nos comments.

sexta-feira, março 23, 2007

Gênios

To com preguiça de escrever...

Weird Al fazendo uma versão de Subterranean Homesick Blues do Bob Dylan. Reparem que é tudo palíndromo. E rima!

Bob é gênio, Weird é gênio.

Bom final de semana!!!!

quinta-feira, março 22, 2007

Bakersfield Sound

Buck Owens e Don Rich ficaram famosos por serem alguns dos maiores divulgadores do Bakersfield Sound. O nome faz referência à cidade da California onde surgiu. O Bakersfield é uma vertente do Country um tanto quanto oposta ao som de Nashville. Mais elétrico, mais crú, mais roquenroll. As gravações Bakersfield normalmente eram feitas ao vivo em estúdio do jeito que eles tocavam ao vivo, com os mesmos instrumentos e sem grandes orquestrações. Os dois maiores expoentes do Bakersfield foram o Buck Owens e o Merle Haggard no início e atualmente pode-se citar o nome de Dwight Yoakan (com quem Buck gravou uma música).

A parceria de Buck e Don foi daquelas poucas vistas na música, tanto que quando Don morreu em um acidente de motocicleta em 74, a música de Buck nunca mais foi a mesma e ele próprio reconheceu que era impossível continuar do jeito que era sem o Don. Nos anos 80 Buck continuou apresentando seu programa de TV para um publico americano que sequer sabia que ele tinha sido uma lenda da música. Buck nos deixou a quase um ano atrás, mas deixou sua marca não só no Country, mas no entrenimento americano como um todo.

E eu achava que essa música era dos Beatles. Não era e nem é do Buck. É de um cara chamado Johnny Russell.

quarta-feira, março 21, 2007

Johnny Hit and Run Pauline

John Doe era o líder do X que era o representante punk da costa oeste dos Estados Unidos no começo dos anos 80. Diferentemente das bandas de New York que tinham uma pegada mais sixties eles tinham uma pegada mais rockabilly o que deixava a música mais pesada e mais violenta. Essa pegada já demonstrava uma predileção do Doe pela música americana de raiz que foi demonstrada nos discos que seguiram Los Angeles (debut produzido por Ray Manzarek dos Doors) e ficou evidente no seu projeto paralelo The Knitters.

Os Knitters é o X com o Dave Alvin guitarrista dos Blasters (banda essa quemerece um post a parte) mais um tal de Johnny Ray, de uma tal de Red Devils, no baixo. O D. Alvin chegou a tocar com o X durante um breve período, mas no Knitters que ele ficou. Trabalhadores árduos, lançaram dois discos em um intervalo de 20 anos (um em 85 e um em 2005).

E pra quem não conhece o Doe ele fez o papel de primo e baixista de Jerry Lee Lewis no filme Great Balls of Fire e ele ainda mantém ativa uma carreira de ator.

O vídeo é dos Knitters, tem uma introdução meio chata do Dave Letterman e tal, além disso o dono não deixa dar embed, portanto tem que assistir no Youtube, só custa um click mas vale a pena porque o som é de primeira. A guitarra do Alvin tem um clima meio Tarantínico/Rodrigueano (como diz o João) e não é à toa: Dark Night dos Blasters tá na trilha de Drink no Inferno.

Dica: Procure no Youtube uma versão de Silver Wings do Merle Haggard com o Knitters. Linda!

sexta-feira, março 16, 2007

Teenage Fanclub

Engraçado como um post vai puxando o outro. Falei em Alex Chilton no outro post, automaticamente lembrei de Teenage Fanclub que são os principais seguidores do legado deixado pelo Big Star. O Teenage é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos, acompanho o trabalho deles desde A Catholic Education seu primeiro disco e, só por causa deles que eu vim conhecer bandas como Big Star e Byrds. Quando eles lançaram Bandwagonesque foi que ganharam o mundo com suas guitarras. Eles faziam parte da Creation nessa época (a segunda era dourada do rock britânico) ao lado de My Bloody Valentine, Ride, Oasis, Jesus and Mary Chain entre outras.

O legal do Teenage é que eles já foram bem grandes (principalmente na Inglatera) e hoje em dia são tiozões bem tranquilos. Não têm um furo na discografia, óbvio que têm discos melhores e discos piores, mas poucas bandas com 11 discos nas costas conseguem manter um nível de qualidade tão alto.

Esse vídeo é de um programa de TV inglês, eles estão tocando Feel a Whole Lot Better dos Byrds (não, não é do Bob Dylan essa é mesmo dos Byrds, se não me engano do Gene Clark que tem uma música do Teenage dedicada só à ele). Versão linda!


quinta-feira, março 15, 2007

Lux Interior e Poison Ivy

Da seção "casais bizarros do roquenroll". Os dois se conheceram em 1972 e se deram muito bem, obviamente porque ambos compartilham dos mesmos interesses bizarros. Decidiram formar o Cramps e permanecem o núcleo base da banda até hoje. Os dois primeiros ep's foram produzidos por Alex Chilton (líder do Big Star) nos estúdios Ardent, onde já gravaram várias "legendas" do roque como Bob Dylan, ZZ Top, Zeppelin, White Stripes entre outros. O primeiro disco deles: Songs the Lord Taught Us foi lançado por nada menos que Sam Philips (se não sabe quem é, reveja seus conceitos). Ou seja, tinham pedigree mas eram muito bizarros pro showbizz e ficaram eternamente relegados à cena independente. Se Johnny Cash fez show em prisão, eles fizeram em hospício (existem alguns vídeos dessa apresentação no You Tube).

Esse vídeo sintetiza exatamente o espírito do casal. A música e as imagens falam por si.

PS.: Esse vídeo é flagged no Youtube por ser considerado de conteúdo abusivo, portanto, para assistí-lo é necessário ter uma conta no site.

quarta-feira, março 14, 2007

Deke Dickerson

Outro dos shows que eu vi na minha viagem. Uma biboca cheia de minas de vestidos 50's, gordinhas esquisitas (incluindo uma clone perfeita da Mamma Cass) e temperatura nos 35 graus. Deke sobe no palco com o baterista dos Straitjackets e manda ver no roque. O Deke é um cara muito cultuado no meio guitarrístico e rockabilly, ele tem uma coluna mensal na Guitar Player gringa, organiza todo ano o Guitar Geek Festival, coleciona instrumentos vintage e toca no mundo inteiro.

O show foi bem legal apesar do som da biboca não ser dos melhores. O cara toca muito e sabe levar a galera. Tocou uma música do Cash que eu não lembro o nome e fechou o show com Muleskinner Blues que eu já tinha ouvido com o Cramps, mas não conseguia lembrar.

O video que eu vou postar é do Deke tocando Big River do Cash que não foi a música que ele tocou no show, mas foi um cover do Cash que o Wayne Hancock (do post anterior) tocou no show que eu assisti.

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terça-feira, março 13, 2007

Wayne Hancock

Há uns 3 anos atrás o Jairo me emprestou um disco do Hank III, neto do Hank Williams. O disco em questão era Lovesick, Broke and Drifting e, essa porra desse disco fez um estrago (no bom sentido) na minha vida. Desse dia em diante eu passei a ouvir country music (a verdadeira) que nem um maluco. Como sempre perdi a disciplina e passei a estudar country music. Descobri vários artistas novos e antigos e entre essas descobertas estava o Wayne Hancock. Algo na mitura entre honky tonk e swing (que na época me parecia uma inovaçÃo) me atraia muito e eu ficava ouvindo o "Cole Porter caipira" sem parar, por horas e horas a fio.

Bom, semana passada eu estava viajando, e então meu amigo João Erbetta, que iria me encontrar no final da semana, me mandou um email dizendo que Wayne Hancock ia tocar em uma cidadezinha à 40 minutos de onde estávamos. Fui confirmar no site e era verdade, e foi assim que alugamos um carro e fomos atrás da boa música (como sempre). Cliché country total: o pico era um teatrinho do lado de um bar, a galera bem bêbada, aquela impressão de que pode estourar um pau texano a qualquer momento. O show foi sensacional Wayne no centro com seu violão, à sua direita o baixista Jake Erwin e à sua esquerda o espetacular guitarrista Eddie Biebel (segundo João um dos melhores guitarristas que ele já viu tocar). E então seguiram-se duas horas (sim - eles tocaram duas horas) de boa música, menções à maconha, casais dançando e nenhum pau texano. Depois do show, fomos conversar com Wayne e eu descobri que ele já havia tocado aqui no Brasil em alguma edição do Nescafé e pensar que na época que isso aconteceu eu nem sabia que ele existia.

Esse vídeo que estou postando é um vídeo de um show do Hancock (não é o show que eu vi) com a mesma formação que eu vi, tocando uma música do Hank III. Enjoy!

quinta-feira, março 08, 2007

Sem posts essa semana. Estou viajando e tá difícil achar tempo. Semana que vem eu volto.

sexta-feira, março 02, 2007

Sufjan Stevens

Esse cara é curioso. Ele cismou que vai fazer um disco pra cada um dos estados americanos. Já fez Michigan, seu estado natal, e Illinois que foi o álbum com o maior "rating" de 2005 pelo metacritic (site que agrega criticas de várias publicações diferentes). Ele tem seu próprio selo que chama Asthmatic Kitty Records que foi fundado por ele e seu padastro. Toca tudo: violão, piano, guitarra, banjo, bateria, etc e, normalmente, toca todos os instrumentos nos seus discos. É cristão e várias de suas músicas fazem referências bíblicas, inclusive seu último disco chama "Songs for Christmas" e é uma caixinha com 5 eps recheados de músicas natalinas gravadas por ele. Escolhi um vídeo dele tocando Chicago ao vivo em San Francisco. É a música mais conhecida dele e, obviamente, está no álbum Illinois. Agora só nos resta esperar pelos outros 48 discos que estão faltando mas tenho minhas dúvidas se todos vão ser discos pois estados como Wyoming acho que estão mais pra ep.

quinta-feira, março 01, 2007

Isso é Bizarro!

O Dean Wareham depois que saiu do Galaxie 500 esteve à frente de uma das melhores bandas dos anos 90: Luna. O som da banda nunca negou que eles gostavam de Lou Reed e sua turma, principalmente Sterling Morrison que deve ser a maior influência "guitarrística" do Dean. Na época do Luna ele fez um cover do Gainsbourg de Bonnie and Clyde que cantava ao vivo junto com a mulher Britta Philips (em estúdio quem gravou os vocais femininos foi a Laetitia Sadier do Stereolab)e agora os dois se apresentam juntos sob o nome Britta + Dean. O lance é que parece que ele tá virando meio Gainsbourg... por esse vídeo aqui dá meio que pra sacar a postura "gainsbourguesca" de: "olha que gostosa minha mulher". Bom, o Gainsbourg é material suficiente para um próximo post.

O vídeo que eu escolhi hoje é que é o bizarro da história toda. O Dean Wareham tocando numa espécie de gatorra em um programa que parece Se Vira nos 30 gringo. A música é Moon Palace do terceiro disco do Luna. Essa música é linda e teve como inspiração o livro homônimo de Paul Auster.